A flôr ausente em todos os buquês.

Cheguei no templo do deuses desse mundo e lá estava ela, no seu silêncio particular.

O tempo parece não lhe causar efeito algum; sua beleza é constante! 

Mas sei que também é ilusão dos meu olhos apaixonados; do contrário, não haveria quem a rejeitasse.

Minha presença ali é um incômodo, então adentrei ao templo, indiferente a ela, saudando aqueles que ali trabalham, mas que escolheram adorar outros deuses ou deus algum. 

Porém essa a atitude incomodou os oráculos. Então, puseram-se a falar de todos meios possíveis. Insistiam que eu repensasse minha decisão.

Tentei me concentrar e não dar importância ao que diziam; Todavia, se eu tapasse os ouvidos, a temperatura mudava..

Se me escondesse num canto escuro, o sol ali me encontrava.. Quando fui para o jardim, imprevisível chuva caiu do céu.. Se fechasse os olhos, a chegada de estranhos me punha em vigília..



- Por que a natureza não aceita nossa separação? Será que o fruto daquele amor é tão necessário vir à ser?





Sua movimentação me trouxe mais inquietação: 


Eu a via dançar entre as dimensões, mesmo acompanhando seus movimentos somente pelos os luzeiros. 

Era um sentimento atormentador,
que excluiu qualquer possibilidade de fazer uma prece.

Mas eu insisti. E no fim da minha oração,
ao abrir os olhos; ela livremente olhou para mim. 

Para a eufória dos deuses e oráculos... 

Uma dádiva recebida.

Que felicidade! 

Não há benção maior que possa vir da deusa Teoria. 

Por isso ela é chamada de "olhar de deus".



..justo o que pedi na postagem anterior.
- Um olhar.

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